Segundo o Religion News Service, o número de templos fechados já chegou a quase 10.000.
As autoridades estão usando o pretexto de proteger os cidadãos de abusos pastorais e locais sem segurança para reprimir o cristianismo no país africano.
O governo alegou que os locais de culto barrados estavam fora das exigências de funcionamento, estabelecidos por leis em 2018.
A lei exige que os líderes religiosos tenham diploma de teologia, que as igrejas se registrem no governo e que tenham declarações de fé esclarecendo sua doutrina. As declarações das denominações precisam ser enviadas ao Conselho de Governança de Ruanda, a agência governamental que regula as casas de culto e outras organizações.
Igreja transformada em mesquita
Segundo o Dr. Stephen Isaac, vice-presidente de Assuntos Acadêmicos do Instituto Bíblico Totalmente Equipado, a regulamentação gerou uma crise grave para a Igreja ruandesa.
"Quase todos os pastores com quem falei estão profundamente preocupados e a maioria sofreu perseguição, incluindo um pastor cujo prédio foi apreendido e convertido em mesquita. O que os governos estão exigindo resultará no fechamento de igrejas em toda a África”, alertou ele.
Isaac observou que os pastores não conseguem cumprir as exigências por falta de recursos financeiros para frequentar uma faculdade de teologia. Já os pastores de áreas rurais não podem deixar suas igrejas, famílias e o trabalho para estudar.
O Instituto Bíblico Totalmente Equipado, uma universidade cristã com sede nos Estados Unidos, está oferecendo bolsas acadêmicas e acesso on-line para líderes obterem diplomas de bacharel, com o objetivo de evitar o fechamento de mais igrejas.
“É difícil expressar totalmente o quão urgente é essa situação. Parece que estamos correndo à frente de um incêndio florestal. Os pedidos de bolsas de estudo estão chegando. Homens e mulheres fieis e corajosos estão desesperados para manter as portas de suas igrejas abertas e simplesmente não têm dinheiro para adquirir os diplomas de bacharel que seus governos exigem”, comentou a Dra. Victoria Isaac, presidente do Instituto Bíblico.
Exigências rigorosas
As exigências legais também incluem: as paredes da igreja devem ser equipadas com isolamento acústico; as estradas de acesso à igreja, bem como os complexos da igreja, devem ser pavimentadas e todas as igrejas devem ter pára-raios.
Além disso, o governo exige que as denominações instalem um tipo específico de teto de lona (mesmo que o material apresente risco de incêndio).
Em Ruanda, a maioria das igrejas não têm condições financeiras de fazer as mudanças exigidas.
“Descobrimos que todas as igrejas estão sofrendo o mesmo destino e que mesmo as igrejas consideradas luxuosas para os padrões locais tiveram que fechar”, afirmou um analista local, em entrevista anterior ao World Watch Monitor.
O país da África Oriental com 12 milhões de habitantes é predominantemente cristão. Conforme o censo de 2022, cerca de 48% são protestantes, entretanto, a Igreja Católica Romana é a maior denominação.
Anunciada da Silva, da Paraíba, nunca esquecerá o dia em que recebeu uma provisão de Deus para sua família de forma sobrenatural. Hoje, aos 82 anos, ela está testemunhando sobre o poder que há na oração.
Há 23 anos, Anunciada lidera o Círculo de Oração da igreja da União dos Militares Evangélicos do 2° Batalhão da Polícia Militar, em Campina Grande.
Todas as semanas, ela e outras mulheres se reúnem para adorar a Deus e interceder por pedidos de oração. “Ali Jesus já fez muitas maravilhas”, disse ela, no documentário “Fé não fingida” da produtora “Poder de Deus”.
Sem comida na mesa
Anunciada contou que, certa vez, sua família estava passando por uma grave dificuldade financeira.
“Precisava ver a nossa situação. Meu esposo sem trabalhar, sem nenhum tustão. A comida da gente era água de coco. No café, tomava água de coco. Meio-dia, água de coco e de tarde, água de coco”, lembrou ela.
“Meus filhos [usavam] roupinhas remendadas para ir ao colégio. Para escrever, os amiguinhos davam um pedaço de papel e um pedacinho de lápis. Tinha vezes que a professora dava”, acrescentou.
Até que certo dia, Anunciada foi para a igreja orar como sempre fazia. Ao voltar para casa, a mulher serviu aos filhos a única comida que tinha em casa: água de coco.
“Quando eu peguei os copos de água para apresentar a Deus, quando eu estava orando, a vizinha gritou: ‘Anunciada, fecha a porta porque só está vindo folha de mato para tua casa’”, afirmou.
Então, a cristã viu que o vento estava realmente forte e pediu a um dos filhos para fechar a porta.
“Quando ele foi fechar a porta, disse: ‘Mãe, não é folha de mato, é dinheiro’”, testemunhou Anunciada.
E continuou: “Era notas de 10, de 20 e de 50. Era um monte assim. Eu recebi aquele dinheiro, contei e tirei logo o dízimo da igreja. No outro dia, eu fiz uma feira muito grande, comprei uma geladeira, comprei roupas para o meu esposo, meus filhos e para mim”.
“Deus tem me abençoado”
Desde a provisão sobrenatural, Anunciada afirmou que nunca mais sua família passou necessidade.
“Deus tem me abençoado, Ele tem me dado que não falta nada na minha casa, tem multiplicado”, declarou.
E ressaltou: “Nós clamamos ao Senhor e Ele nos responde. A Palavra diz que quando começamos a clamar, Deus se inclina para ouvir a nossa oração. Deus é fiel. Temos que estar com o pensamento ligado no Céu, para ver coisas maravilhosas acontecerem”.
Mais de 900 pessoas aceitaram a Cristo após uma campanha evangelística que levou a mensagem de salvação em várias regiões das Filipinas.
A ação uniu diversas congregações da Igreja Adventista filipina, em uma campanha simultânea em 60 locais nas províncias de Masbate, Bohol e Cebu, durante todo o mês de julho.
A campanha evangelística contou com ações sociais para a comunidade, incluindo atendimento de saúde, palestras para famílias e distribuição de mantimentos.
Batismo dos novos convertidos. (Foto: Reprdução/YouTube/Igreja Adventista do Sétimo Dia).
Segundo o Adventist News, o projeto resultou em 977 conversões em áreas urbanas e rurais, de diversas classes sociais. Os novos convertidos foram batizados em praias do país.
“Organizar uma campanha massiva como essa só é possível por meio do compromisso e da paixão de indivíduos dedicados a compartilhar o Evangelho", destacou o líder local Lelord Arranguez.
Já Maniego, diretor de Comunicação da Igreja Adventista nas Filipinas, encorajou os cristãos: "Que esse impulso prevaleça até que Ele venha. Milhões ainda estão por aí, esperando para ouvir a voz de Deus”.
Um grupo terrorista, ligado à Al Qaeda, matou brutalmente 26 cristãos durante um ataque a uma igreja, em Burkina Faso, no final de agosto.
Segundo a Christian Solidarity International (CSI), organização que monitora a perseguição no mundo, militantes do “Grupo de Apoio ao Islã e aos Muçulmanos (JNIM)” invadiram a igreja evangélica Aliança Cristã, na cidade de Sanaba, e assassinaram membros da igreja, em 25 de agosto.
“Vinte e seis fieis foram mortos. Suas mãos estavam amarradas e suas gargantas cortadas", contou um pastor da capital Ouagadougou, que visitou o local após o ataque, em entrevista à CSI.
O líder disse que os sobreviventes conseguiram se refugiar em uma escola, durante o ataque terrorista.
Uma das sobreviventes é uma menina chamada Micheline, que teve três balas removidas de sua perna direita.
"Estamos fazendo o nosso melhor para garantir que ela possa voltar à escola. Ela agora está fora do hospital e está com uma família adotiva", informou o pastor.
Junto com uma equipe, o líder ajuda vítimas da violência islâmica em Burkina Faso, doando alimentos, roupas e cobertores.
Série de ataques
O ataque à Igreja Aliança Cristã aconteceu um dia depois que os mesmos extremistas mataram cerca de 200 pessoas na cidade de Barsalogho.
O ataque coordenado do JNIM ocorreu enquanto militares e civis cavavam trincheiras para se protegerem de ataques extremistas.
Segundo a organização cristã “Ajuda à Igreja que Sofre” (ACN), 22 cristãos estão entre as vítimas. Mais de 300 pessoas ficaram feridas no ataque e foram atendidas no hospital de Kaya.
De acordo com relatos de moradores, mais de 100 terroristas chegaram em motos e abriram fogo com armas pesadas contra soldados e civis, incluindo mulheres, crianças, e idosos. O ataque brutal durou mais de horas, das 9h às 16h, conforme a rádio RFI.
Este foi o terceiro ataque terrorista em Burkina Faso somente no mês de agosto e um dos mais sangrentos da história. Desde 2015, o país sofre com o extremismo islâmico.
Aumento da perseguição
Em fevereiro, 15 cristãos foram mortos durante um ataque de militantes islâmicos em uma igreja no país.
Em 2023, o país sofreu com os ataques violentos e mortais. A maior parte das atividades terroristas na África Ocidental vem de grupos islâmicos radicais que lutam por um califado muçulmano.
Levando em conta a motivação, sabe-se que muitos cristãos, pastores e igrejas estão nos planos dos criminosos.
“Burkina Faso é um país onde vemos uma crescente ameaça terrorista, e muito disso tem a ver com sua fronteira”, explicou Todd Nettleton, da Voz dos Mártires nos EUA.
“O país africano compartilha uma fronteira muito longa com o Mali. Sabemos que o Mali tem estado muito instável nos últimos anos e que tem enfrentado muitas atividades terroristas. Isso passou pela fronteira com Burkina Faso”, continuou.
Além disso, Burkina Faso faz fronteira com o Níger: “Lá também vimos o aumento de ataques terroristas e, portanto, parece que muito dessa violência e muito desse terrorismo está atravessando a fronteira e chegando até aqui”, disse ainda.
O país ocupa o 20° lugar da Lista Mundial da Perseguição 2024 da Missão Portas Abertas